sábado, 28 de maio de 2016

ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PEDIATRAS E A VERDADE SOBRE A IDEOLOGIA DE GÊNERO




A Associação Americana de Pediatras urge educadores e legisladores a rejeitarem todas as políticas que condicionem as crianças a aceitarem como normal uma vida de personificação química e cirúrgica do sexo oposto.
Fatos, não ideologia, determinam a realidade.

1. A sexualidade humana é um traço biológico binário objetivo: "XY" e "XX" são marcadores genéticos de saúde, não de um distúrbio. A norma para o design humano é ser concebido ou como macho ou como fêmea. A sexualidade humana é binária por design, com o óbvio propósito da reprodução e florescimento de nossa espécie. Esse princípio é auto-evidente. Os transtornos extremamente raros de diferenciação sexual (DDSs) — inclusive, mas não apenas, a feminização testicular e hiperplasia adrenal congênita — são todos desvios medicamente identificáveis da norma binária sexual, e são justamente reconhecidos como distúrbios do design humano. Indivíduos com DDSs não constituem um terceiro sexo.

2. Ninguém nasce com um gênero. Todos nascem com um sexo biológico. Gênero (uma consciência e percepção de si mesmo como homem ou mulher) é um conceito sociológico e psicológico, não um conceito biológico objetivo. Ninguém nasce com uma consciência de si mesmo como masculino ou feminino; essa consciência se desenvolve ao longo do tempo e, como todos os processos de desenvolvimento, pode ser descarrilada por percepções subjetivas, relacionamentos e experiências adversas da criança, desde a infância. Pessoas que se identificam como "se sentindo do sexo oposto" ou "em algum lugar entre os dois sexos" não compreendem um terceiro sexo. Elas permanecem homens biológicos ou mulheres biológicas.

3. A crença de uma pessoa, que ele ou ela é algo que não é, trata-se, na melhor das hipóteses, de um sinal de pensamento confuso. Quando um menino biologicamente saudável acredita que é uma menina, ou uma menina biologicamente saudável acredita que é um menino, um problema psicológico objetivo existe, que está na mente, não no corpo, e deve ser tratado como tal. Essas crianças sofrem de disforia de gênero (DG). Disforia de gênero, anteriormente chamada de transtorno de identidade de gênero (TIG), é um transtorno mental reconhecido pela mais recente edição do Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-V). As teorias psicodinâmicas e sociais de DG/TIG nunca foram refutadas.

4. A puberdade não é uma doença e hormônios que bloqueiam a puberdade podem ser perigosos. Reversíveis ou não, hormônios que bloqueiam a puberdade induzem a um estado doentio — a ausência de puberdade — e inibem o crescimento e a fertilidade em uma criança até então biologicamente saudável.

5. De acordo com o DSM-V, cerca de 98% de meninos e 88% de meninas confusas com o próprio gênero aceitam seu sexo biológico depois de passarem naturalmente pela puberdade.

6. Crianças que usam bloqueadores da puberdade para personificar o sexo oposto vão requerer hormônios do outro sexo no fim da adolescência. Esses hormônios (testosterona e estrogênio) estão associados com riscos à saúde, inclusive, mas não apenas, aumento da pressão arterial, formação de coágulos sanguíneos, acidente vascular cerebral e câncer.

7. Taxas de suicídio são vinte vezes maiores entre adultos que usam hormônios do sexo oposto e se submetem à cirurgia de mudança de sexo, mesmo na Suécia, que está entre os países mais afirmativos em relação aos LGBQT. Que pessoa compassiva e razoável seria capaz de condenar jovens crianças a este destino, sabendo que após a puberdade cerca de 88% das meninas e 98% dos meninos vão acabar aceitando a realidade e atingindo um estado de saúde física e mental?

8. Condicionar crianças a acreditar que uma vida inteira de personificação química e cirúrgica do sexo oposto é normal e saudável, é abuso infantil. Endossar discordância de gênero como normal através da rede pública de educação e de políticas legais irá confundir as crianças e os pais, levando mais crianças a serem apresentadas às "clínicas de gênero", onde lhes serão dados medicamentos bloqueadores da puberdade. Isso, por sua vez, praticamente garante que eles vão "escolher" uma vida inteira de hormônios cancerígenos e tóxicos do sexo oposto, além de levar em conta a possibilidade da mutilação cirúrgica desnecessária de partes saudáveis do seu corpo quando forem jovens adultos.

Michelle A. Cretella, M.D.
Presidente da Associação Americana de Pediatras
Quentin Van Meter, M.D.
Vice-Presidente da Associação Americana de Pediatras
Endocrinologista Pediátrico
Paul McHugh, M.D.

Professor Universitário de Psiquiatria da Universidade Johns Hopkins Medical School, detentor de medalha de distinguidos serviços prestados e ex-psiquiatra-chefe do Johns Hopkins Hospital

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Arcebispo belga é criticado por ser firmemente contrário à eutanásia nos hospitais católicos




Dom Josef de Kesel é alvo de polêmica menos de um mês 
após assumir a arquidiocese de Bruxelas

Menos de um mês depois de assumir a arquidiocese de Mechelen-Bruxelas, na Bélgica, dom Jozef de Kesel já está no olho do furacão em seu país – um país que tolera legalmente a eutanásia. Por quê? Porque o novo arcebispo da capital belga afirmou categoricamente que nenhuma instituição católica está autorizada a ser palco de “assassinatos de ‘misericórdia’”.

Dom Jozef declarou, em uma de suas primeiras entrevistas, que os hospitais e clínicas católicos têm todo o direito de se recusar a cooperar com a eutanásia e com o aborto. A afirmação do arcebispo foi ecoada na mídia por Paul Russell, da “Hope”, uma coalizão de grupos e indivíduos que se opõem à legalização da eutanásia e do suicídio assistido.

Paul Russell observa que a lei atual na Bélgica data de 2002, quando foi aberta a brecha para a realização de um ato de eutanásia. Não se tratou, porém, de uma completa legalização da prática em si. Aliás, Russell cita uma afirmação de Fernand Keuleneer, da Comissão de Avaliação da Eutanásia, que reconheceu: “É errôneo argumentar que a lei obrigue os hospitais católicos a aplicarem a eutanásia”.
Os comentários de dom Jozef foram recebidos com desprezo por alguns funcionários públicos, nomeadamente por Wim Distelmans, vice-presidente da Comissão de Avaliação da Eutanásia, que rebateu: “Se o direito à eutanásia é rejeitado, então isso é problemático”.

“A vida das instituições católicas tem que seguir a lei”, acrescentou um membro liberal do parlamento, Jean-Jacques De Gucht. “Todas as instituições devem garantir que os pacientes que cumprem os requisitos legais [para a eutanásia] tenham acesso a ela”, emendou sua companheira de partido, Valerie Van Peel.
Já o professor de ética Willem Lemmens observou que esta posição forte do arcebispo não é coerente com a prática atual das instituições católicas da arquidiocese. Lemmens diz que todas as grandes instituições católicas de cuidados médicos na região adotaram nos últimos anos orientações e acordos que “permitem a eutanásia”, seja em suas próprias instituições, seja em outras para as quais elas remetem os seus pacientes.

Entretanto, não há nada no artigo de Russell que refute essa afirmação, embora o mais provável seja que as políticas dessas instituições católicas estejam apenas seguindo a doutrina: a Igreja acolhe o curso da natureza quando se considera que uma intervenção médica faria mais mal do que bem a um paciente terminal. Trata-se apenas de ser contra a obstinação terapêutica, o que, obviamente, passa muito longe de ser equivalente a aceitar a eutanásia.


Fonte: http://pt.aleteia.org/2016/01/07/arcebispo-belga-e-criticado-por-ser-firmemente-contrario-a-eutanasia-nos-hospitais-catolicos/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=topnews_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt-