terça-feira, 3 de novembro de 2015

Vândalas abortistas picham a catedral da Sé, em São Paulo

Organizadora de protesto se isenta de culpa, mas "se solidariza" com as vândalas: "Igreja é instrumento do patriarcado"


Na véspera do chamado “Dia das Bruxas”, 3.000 manifestantes pró-aborto fizeram um protesto em São Paulo contra o projeto de lei 5.069/2013, de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que pretende restringir o acesso ao aborto legal nos casos de estupro.

O protesto terminou em vandalismo: a catedral da Sé, no centro de São Paulo, foi pichada por abortistas com seus clichês costumeiros: “Se o papa fosse mulher, o aborto seria legal“, “Tire seus rosários dos meus ovários” e outros indícios similares de falta de argumentos.

A arquidiocese de São Paulo divulgou nota:
Diariamente, entram na Catedral centenas de pessoas de culturas e credos variados, que são acolhidas fraternalmente. Por isso, lamentamos e repudiamos a pichação ocorrida na noite de 30 de outubro último (…) A liberdade de expressão, reivindicada historicamente pela Igreja Católica em nosso país, não justifica ato de vandalismo“.

Jaqueline Vasconcellos, uma das responsáveis pela manifestação, procurou isentar seu evento da culpa e, ao mesmo tempo, dar razão às vândalas apelando para outro clichê da ideologia feminista-abortista – o do “patriarcado”:
[A pichação] não representa o pensamento da manifestação (…) Mas entendemos e nos solidarizamos com as mulheres que se manifestaram contra a instituição. Entendemos que a Igreja católica é um instrumento do patriarcado“.

Poucos dias atrás, outro bando de vândalas atacou, pela enésima vez, a catedral de Buenos Aires. A violência já é “tradicional” no encerramento do Encontro Nacional de Mulheres na Argentina e costuma não só ficar impune, como ainda obter a cumplicidade da mídia e das autoridades do país.


http://pt.aleteia.org/2015/11/02/vandalas-abortistas-picham-a-catedral-da-se-em-sao-paulo/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=topnews_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt-Nov%2002,%202015%2002:51%20pm

sábado, 10 de outubro de 2015

Novas provas científicas

O bebê se comunica com a mãe desde os primeiros instantes
da sua vida como embrião!



O corpo materno se prepara para recebê-lo – coisa que não aconteceria se ele fosse um mero “aglomerado de células”

Um tema crucial para a Bioética é o “estatuto biológico do embrião humano”: demonstrar que o embrião humano é um ser biológico da nossa espécie, e não um simples aglomerado informe de células, é fundamental para afirmar que qualquer técnica que leve à sua destruição é bioeticamente inaceitável.
Um argumento em defesa desta tese é o “dialogo entre o embrião e sua mãe”, ou seja, a comunicação biológica estabelecida entre o filho e a mãe desde a passagem do embrião pela trompa de Falópio até a sua implantação no útero materno.
O fato de o embrião humano estabelecer esse dialogo biológico com o endométrio uterino é uma prova sólida de que ele não é um mero “aglomerado celular”, mas um ser vivo da nossa espécie.
Diálogo materno fetal
E em que consiste esse diálogo?
Durante a sua passagem pela trompa de Falópio e sua implantação no endométrio materno, o embrião produz e segrega uma série de compostos bioquímicos que agem sobre o endométrio para facilitar a implantação; é como se o embrião avisasse à sua mãe de que está chegando ao lugar de aninhamento em seu útero para que ela se prepare, adequando o entorno em que o filho vai se implantar.
Por sua vez, o endométrio materno produz e segrega outros compostos no fluido endometrial em que o embrião está imerso, os quais são fundamentais para a sua implantação.
Nesse diálogo materno fetal também ocorre outro fato biológico: a diminuição da atividade imunológica da mãe para facilitar a implantação do filho, o que igualmente destaca a natureza de ser vivo organizado do embrião.
O embrião é um ente biológico estranho à mãe, pois a metade do seu conteúdo genético procede do pai: portanto, ele poderia ser rejeitado pelo sistema imunológico materno; para evitar isto, a mãe reduz a sua atividade imunológica, facilitando a implantação do filho (imunidade materno-fetal).
Acaba de ser publicado um artigo no periódico científico “Development” (142; 3210-3221, 2015 ) comprovando que os elementos incluídos no fluido secretado pelo endométrio materno, que embebe o filho durante o seu processo de implantação, podem modificar a expressão gênica do filho.
Esta constatação tem importantes consequências biomédicas e bioéticas. Do ponto de vista biomédico, esta inter-relação genética poderia aumentar o risco de que o filho sofresse de algumas doenças, como diabetes de tipo 2, ou de condições biológicas capazes de aumentar riscos como o da obesidade.
Esta inter-relação entre mãe e filho poderia também ocorrer na fecundação in vitro quando se utilizam óvulos doados, ou seja, que não são da mãe, ou quando se recorre à chamada “mãe de aluguel”.
Na primeira circunstância, poderia ser modificada a expressão gênica do filho pela influência das mensagens maternas; isto quer dizer que seria incorporada ao genoma do filho uma informação procedente do endométrio materno. Assim, de alguma forma e muito parcialmente, chegaria a constituir-se um embrião modificado geneticamente pela influência da mãe biológica.
Por outro lado, no caso das mães de aluguel, também elas poderiam influenciar o genoma do filho, isto é, poderiam estabelecer-se laços biológicos com o filho gestado, indo-se além dos laços que a própria gravidez propicia. Portanto, com a mãe modificando a expressão do genoma do filho, a sua relação se intensificaria substancialmente, o que poderia criar mais problemas biológicos e sociológicos do que hoje se pensa a propósito dessas práticas.

Justo Aznar e Julio Tudela

Observatório de Bioética da Universidade Católica de Valência, Espanha

http://pt.aleteia.org/2015/10/09/novas-provas-cientificas-o-bebe-se-comunica-com-a-mae-desde-os-primeiros-instantes-da-sua-vida-como-embriao/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=topnews_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt-Oct%2009,%202015%2002:27%20pm

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

SEMANA DA VIDA 2015

* Colaboração Pe. Frei Flávio Henrique, pmPN

A vida é um DOM INALIENÁVEL, sempre! Em quaisquer de suas fases. Desde os primeiros segundos da fecundação no ventre da mulher. Ali já estão codificadas todas as informações que define quem e como será aquela nova vida: se homem ou mulher, cor da pele e dos olhos, e todas as demais características físicas que o novo SER terá.

Isso sem dizer, do ponto de vista da Fé Cristã, que a alma já se faz presente no momento da concepção. E, portanto, a alma daquela nova ‘pessoinha’ tem o direito de desenvolver-se naquele pequeno emaranhado de células embrionárias. Isso aconteceu com você. Isso aconteceu comigo. Isso acontece, sem exceção, com todo e qualquer ser humano, mesmo que agora, adulto - e ingrato - ele se oponha ao direito do NASCITURO.

A CODEVIDA (Comissão Arquidiocesana em Defesa da Vida), em sua parceria com o Projeto QUERO VIVER SIM (www.facebook.com/queroviversim), e o apoio e realização do Vicariato para a Vida e a Família, promove na Arquidiocese de Juiz de Fora a SEMANA DA VIDA 2015, com o propósito anual de enaltecer o maior tesouro de todo universo: a Vida Humana, sensível e inteligente!

Entre os dias 01 e 07 de outubro, todas as paróquias incluirão nas Missas as intenções pela VIDA e as orações próprias pela SEMANA DA VIDA 2015, conforme carta do Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, encaminhada ao clero arquidiocesano.

Dia 04, os defensores da vida e os movimentos e pastorais ligados ao Vicariato para a Vida e a Família juntar-se-ão à CAMINHADA PELA PAZ, convocada por Dom Gil. Afinal, a defesa da vida em todas as suas fases, também é um grito de Paz!


A SEMANA DA VIDA 2015 encerra no DIA MUNICIPAL do NASCITURO, conforme Lei Municipal. Neste dia haverá uma Santa Missa na Catedral Metropolitana, às 19h, onde ocorrerá também uma Homenagem às Gestantes, que desde já estão convidadas em todo território da Arquidiocese para que compareçam, assim como as mães em geral e todo o povo de Deus.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

‘Ela estava viva e chorando!’ mas é deixada para morrer


Enfermeira se demite depois que criança abortada nasce com vida,

 mas é deixada para morrer

Ela era a favor do aborto e trabalhava em uma clínica que fazia o procedimento. Mas, quando descobriu do que realmente estava participando, sua vida mudou completamente.
A senhora Goldstein trabalhava em um hospital que realizava abortos. Depois de 30 anos, ela traz à tona a sua história:
Meu marido fazia residência e eu consegui simplesmente "o emprego dos meus sonhos" em um hospital próximo, em Oakland. Eu era uma forte entusiasta do tema do aborto e, agora, sentia que poderia fazer parte disso.
Fui contratada como enfermeira chefe nessa clínica que fazia abortos tardios. Passei cerca de 30 dias no período diurno para me familiarizar com tudo. Eu presenciaria e ajudaria o médico no procedimento real, na injeção de drogas no feto, nas algas* etc. No turno do dia, na verdade, eu nunca via o começo real das contrações ou o processo final. Sentia-me desconfortável, mas, pensei comigo mesma, isso era algo novo e eu precisava pegar mais experiência.
Nesses abortos, a mulher era dilatada com laminárias, instrumentos pontiagudos que são introduzidos no colo do útero. Esses bastões absorvem lentamente o fluído, dilatam o colo e podem ser mantidos aí durante toda a noite ou por quanto tempo for preciso. As drogas eram injetadas no bebê para matá-lo no primeiro dia do procedimento. Hoje, os abortos ditos tardios são geralmente realizados de modo similar.
Goldstein foi poupada de parte do horror que são esses procedimentos de aborto. Na verdade, ela nunca testemunhou um bebê morto ou a dor das mulheres que sofriam as contrações.
Mais tarde, Goldstein seria promovida a uma posição em que teria que lidar com bebês abortados de verdade. Outras funcionárias da clínica já tinham revelado como tinham sido pouco a pouco apresentadas às partes mais difíceis de seus trabalhos. Elas começaram fazendo coisas menos difíceis emocionalmente, como manutenção de registros, encargos de recepcionista ou medição da pressão arterial. Então, gradualmente, foram recebendo mais responsabilidades, até que lidassem diretamente com partes de corpos ou ajudassem em abortos tardios. A essa altura, elas já estariam profundamente introduzidas e comprometidas com seus empregos. É o modo como algumas clínicas de aborto são conhecidas por manipular os seus funcionários.
Se esse era ou não o caso de Goldstein, não importa. O fato é que, trabalhando com um aborto tardio, ela teria uma experiência que mudaria completamente a sua vida:
Certa noite, uma jovem garota estava passando por um momento muito difícil. Eu estava lá com o médico. Eu sabia que, embora ele tivesse escrito que a paciente tinha 15 semanas, ela estava perto de 30 semanas. Isso acontecia com frequência, mas ninguém nunca dizia nada.
Outras provedoras de aborto, como Carol Everett e Kathy Sparks, já contaram como as suas clínicas faziam aborto para além do período legalmente permitido e tentavam esconder o fato. A clínica de Kathy Sparks ilegalmente descartava vítimas de aborto tardio no vaso sanitário.
Goldstein afirma:
Quando ela deu à luz essa bebezinha (que me parecia completamente formada), ela estava realmente viva e chorando. O médico me disse: 'Coloqueisso na sala e feche a porta. Não entre até o turno da manhã.' Imediatamente, peguei a menina chorando, enrolei e deitei-a em uma sala. Então, imediatamente comecei a ligar para os hospitais próximos (contra a vontade do médico) para achar alguém que a levasse. Ninguém a levaria porque diziam que ela não era viável. Gastei várias horas tentando. Eu queria apenas sair daquele lugar, mas sabia que não poderia sair e deixar os outros pacientes sem uma enfermeira. Até hoje eu posso ouvir o choro daquela criança na minha cabeça.
Apesar dos seus esforços desesperados para conseguir ajuda médica para a criança, a bebê morreu. Goldstein deixou o seu emprego, mas nunca mais ousou defender o aborto:
Eu espero que as pessoas que promovem o aborto, especialmente em gestações avançadas, passem pelo que eu passei. No dia seguinte, dei um fim ao meu emprego imediatamente e consegui trabalho em uma unidade pediátrica de outro hospital.
Essa experiência mudaria a vida de Goldstein de outra forma quando, alguns anos depois, ela mesma passaria por uma gravidez difícil:
Depois de alguns anos, eu fiquei grávida e entrei em trabalho de parto com 20 semanas. Os médicos queriam que eu interrompesse [a gravidez] imediatamente devido à minha saúde. Afirmaram que o bebê não seria normal e que eu devia tentar de novo. Eu disse que 'não' e fui mandada para casa, em repouso absoluto, sem permissão para ficar sozinha. Finalmente, tive uma febre muito alta e correram comigo para o hospital. O bebê ainda estava prematuro... Ele deveria nascer em novembro, e eu o tive em julho, um menino de 1 quilo e 180 gramas. Isso foi 30 anos atrás. Disseram-me que ele era muito pequeno e que eu não deveria esperar muita coisa. Ele ficou na seção para prematuros por algum tempo e era perfeitamente normal. Hoje, meu filho é um jovem saudável, trabalhando no seu segundo mestrado e em um emprego de tempo integral. Ele sabe da sorte que tem de estar vivo porque, se eu não tivesse a experiência que tive há 30 anos, ele não estaria aqui hoje.
Goldstein mostrou grande coragem lutando pela vida daquela pequena garota, 30 anos atrás. Também mostrou grande coragem lutando pela vida de seu próprio filho. E, finalmente, tem mostrado grande coragem compartilhando a sua história. Quanto mais pessoas deixam a indústria do aborto e corajosamente trazem à luz as suas histórias, mais e mais pessoas que ignoravam o assunto estão conhecendo a verdade. Esperamos que aqueles que têm sido ambivalentes ou incertos sobre o tema do aborto mudem de ideia quando aprenderem – de quem testemunhou em primeira mão – o que ele realmente é: o assassinato de um ser humano frágil e indefeso no ventre de sua mãe.

Fonte:  Live Action News. Tradução: Equipe CNP
[*] Essas algas provavelmente dizem respeito ao material de que os médicos se servem para preparar as "laminárias". O dicionário explica que "os pecíolos da espécie Laminaria digitata, convenientemente preparados, usam-se em medicina como meio de dilatação lenta dos trajetos fistulosos e do colo do útero".


https://padrepauloricardo.org/blog/ela-estava-viva-e-chorando-enfermeira-se-demite-depois-que-crianca-abortada-nasce-com-vida-mas-e-deixada-para-morrer#at_pco=smlwn-1.0&at_si=56029d0ac1ce17af&at_ab=per-2&at_pos=0&at_tot=1

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Família é formada pela união entre homem e mulher


Deputado Diego Garcia (PHS-PR)

Membro do Ministério de Pregação da RCC


O relator da Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa o Estatuto da Família, deputado Diego Garcia (PHS-PR), apresentou nesta quarta, 2, seu relatório no qual estabelece como conceito básico de família "a união de um homem e de uma mulher, por meio de casamento ou de união estável, e a comunidade formada por qualquer dos pais e seus filhos". 
Exclui-se, portanto, o conceito de que uma família possa ser formada por pais homossexuais.
Segundo Garcia, o texto está "alinhado aos preceitos constitucionais e valores morais e éticos de nossa sociedade, com o fim de garantir direitos e o desenvolvimento de políticas públicas para a valorização da família". O documento também cria os "Conselhos da Família", que serão órgãos responsáveis pela execução de políticas públicas referentes aos direitos da família. Após a leitura do texto, o relator foi aplaudido na comissão, formada majoritariamente por parlamentares da Frente Parlamentar Evangélica.
O relatório diz que "nem toda associação humana é base da sociedade e nem toda relação fará jus à especial proteção, ainda que toda comunidade, se não contrária ao bem comum ou à lei, deva ser respeitada e faça jus à tutela geral do Estado".
No texto, ele defende a competência do Legislativo para legislar sobre o assunto. "Trata-se de competência do Congresso Nacional regulamentar, para maior eficácia, a especial proteção constitucionalmente garantida à família. O estatuto vem para colocar a família, base da sociedade, credora de especial proteção, no plano das políticas públicas de modo sistemático e organizado, como até então não se fizera. Nada impede que os cidadãos, mediante seus representantes políticos, advoguem pela inclusão de novos benefícios a outras categorias de relacionamento, mediante argumentos que possam harmonizar-se à razão pública", afirma o relator.
O deputado até chega a abordar as uniões homoafetivas, mas desvinculando-as do conceito de família. Para tanto, ele cria uma nova denominação, batizada de "parceria vital", que seria o "enlace entre duas pessoas". Essa parceria não constituiria uma família e não teria conexão com a procriação. Serviria apenas para garantir direitos previdenciários.
Para ele, porém, o texto não reforça a homofobia. "O projeto de lei não exclui ninguém, ele valoriza a família, base da sociedade, e cria algo inovador, porque, desde 1988, o Congresso Nacional vinha se calando, se omitindo a respeito da família. E hoje estamos dando um grande avanço com essa discussão", disse.
A proposta é de autoria do deputado Anderson Ferreira (PR-PE) e tramita na Casa desde 2013. Neste ano, porém, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu criar uma comissão especial para tratar do assunto, o que, na prática, faz acelerar sua tramitação.
Após a apresentação, a deputada Erika Kokay (PT-DF) classificou seu teor como "homofóbico". "O parecer é uma construção de profunda homofobia, de falta de sensibilidade. É uma tentativa desesperada do segmento fundamentalista de construir uma peça para se contrapor ao Supremo Tribunal Federal", afirmou a deputada. Ela se referia à decisão do STF que em maio de 2011 reconheceu a constitucionalidade da união homoafetiva.
Como foi aberto prazo regimental de cinco sessões para a apresentação de emendas, a petista disse que pode apresentar um voto em separado ou tentar levar o tema para o plenário da Câmara, e não da comissão especial, decidir. "É um retrocesso e talvez nem seja passível de ser emendado. Vamos utilizar todos os instrumentos legislativos possíveis para que possamos impedir a institucionalização da homofobia através deste projeto e o retrocesso em direitos de vários segmentos da sociedade", declarou.
Segundo ela, o texto é um absurdo. "Não dá para menosprezar o absurdo. Muitas vezes, o absurdo é tão nítido, é tão concreto, que a tendência é que você possa menosprezá-lo. Não dá para menosprezar o absurdo porque o absurdo, tem razão Nelson Rodrigues, está literalmente perdendo a modéstia. Este parecer é uma prova inconteste disso". Com informações do Estadão Conteúdo.

Fonte: http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/fam%C3%ADlia-%C3%A9-formada-pela-uni%C3%A3o-entre-homem-e-mulher-diz-relator/ar-AAdTaRC?ocid=mailsignoutmd

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A dignidade humana ofendida

Por William Saunders e Michael Black

Será que um ser humano deixa de ser pessoa só porque a sua vida depende dos outros para existir?
Em abril de 1879, uma corte do Oeste americano rejeitou de bom grado a alegação de um advogado do distrito que dizia que um determinado líder indígena, chamado Urso Sentado, não era uma pessoa “perante a lei”. Um mês depois, o irmão de Urso Sentado, Grande Serpente, tentou sair da reserva indígena em que vivia. O General no comando do Exército que vigiava o local explicou a Grande Serpente que a decisão da corte garantia apenas a pessoalidade do seu irmão, não a sua. Grande Serpente não entendeu e foi morto com um tiro por ter resistido à prisão1.
Há séculos que se debatem quais são as qualidades humanas que constituem a pessoalidade. A discussão talvez tenha começado à sério no século XVI, quando os portugueses e os espanhóis descobriram novos povos na África e na América. A escravização dos nativos desencadeou um intenso debate filosófico dentro da Igreja. Um lado afirmava que os hábitos e costumes primitivos dos índios davam provas da sua natureza sub-humana, o que justificaria a sua escravização pelos europeus, mais avançados culturalmente. O outro lado, que no final venceu, reiterava que os hábitos primitivos e a falta de educação dos nativos não constituíam motivos para não considerá-los seres humanos com todos os seus direitos, pois todos os homens foram feitos a imagem e a semelhança de Deus.
Esse debate acendeu o estopim de uma corrente de pensamento que foi progredindo com o passar dos séculos. Sua explosão acabou com a escravidão, deu o direito de voto às mulheres e humanizou as condições de trabalho dos operários, além de muitos outros benefícios. A sua maior conquista foi o reconhecimento de direitos humanos inalienáveis nos países cristãos do Ocidente; direitos estes garantidos por lei.
As discussões do século XVI acerca da pessoalidade e dignidade humana procuravam definir se o incesto, a falta de escrita, a nudez, o sacrifício humano, o abandono de bebês e outros hábitos primitivos permitiam dizer uma que uma determinada tribo não faz parte da humanidade e, por conseguinte, que seus membros não gozam dos direitos humanos. O debate atual, entretanto, não leva em conta hábitos e costumes, mas a questão da dependência.
Há uma crescente tendência de justificar o ataque a qualquer vida apoiando-se na questão da dependência. Os defensores do aborto, por exemplo, já não tentam mais argumentar que a vida antes do nascimento não é humana, pois o avanço tecnologia de ultra som tirou essa arma do seu arsenal. Entretanto, eles dizem que as crianças não nascidas não gozam dos mesmos direitos de uma pessoa autônoma porque são totalmente dependentes da mãe. O mesmo vale para pessoas que por algum motivo não podem valer-se por si próprios, como os que estão em estado de coma ou com doenças degenerativas. Segundo essa lógica, os humanos dependentes não são pessoas diante da lei.
O CASO DE TERRI SCHIAVO
Essa questão transformou-se recentemente num campo de batalha moral. Ganhou notoriedade com o caso de Terri Schiavo, que em 1990 – aos 26 anos de idade – sofreu uma parada cardíaca que interrompeu por 10 minutos a oxigenação do cérebro, deixando-a severamente incapacitada. Ultimamente recebia toda a água e alimentação por uma sonda, que foi removida por ordem do seu marido. Seguiu-se um batalha judicial entre ele e os pais de Terri: estes queriam que a alimentação continuasse, mas acabaram sendo derrotados nos tribunais. Em março de 2005, treze dias após a retirada da sonda, Terri morreu. Quais são os critérios morais aplicáveis a uma situação como essa?
Em 20 de março de 2004, o Papa João Paulo II fez um discurso no Congresso Internacional Life-Sustaining TreatmentsVegetative State: Scientific AdvancesEthical Dilemmas2. Nesse pronunciamento, o Santo Padre desaprovou o uso da expressão “estado vegetativo permanente”. Em geral esse termo refere-se a um paciente que não apresenta quaisquer sinais de consciência nem de percepção do mundo exterior, não reage a estímulos específicos e parece não ser capaz de interagir com outras pessoas. O problema com essa terminologia é que ela tende a reduzir a pessoa humana à qualidade de um simples vegetal.
Quando uma pessoa não é mais considerada humana, mas um mero vegetal, então pode ser sacrificada, tal como um animal ferido ou uma planta doente. O mesmo vale quando a criança ainda não nascida, em vez de bebê, é chamada de feto ou de produto da concepção; esta última terminologia é usada nas tentativas de justificar o aborto, para não despertar a consciência.
Em seu discurso, João Paulo II disse:
“(...) sinto o dever de reafirmar com vigor que o valor intrínseco e a dignidade pessoal de cada ser humano não se alteram, quaisquer que sejam as circunstâncias concretas da sua vida. Um homem, mesmo quando se encontra gravemente doente ou impedido no exercício das suas funções mais nobres, é e será sempre um homem, nunca se tornará um «vegetal» ou um «animal».
“Também os nossos irmãos e irmãs que se encontram na condição clínica do «estado vegetativo» conservam completamente íntegra a sua dignidade humana. O olhar amoroso de Deus-Pai continua a velar sobre eles, reconhecendo-os como seus filhos particularmente necessitados de assistência.3
O termo vegetativo é ainda menos aplicável ao estado de Terri Schiavo. Apesar de não conseguir alimentar-se por conta própria, ela não estava em estado vegetativo. Sua vida não era prolongada por meio de aparelhos ou medicamentos e nenhuma das suas funções vitais foi afetada pelo colapso. Além disso, como podemos ver pelas inúmeras fotos divulgadas recentemente, ela era capaz de responder – mesmo que apenas com um olhar – a estímulos externos.
A Sociedade não deve, portanto, perder de vista a dignidade da pessoa, mesmo quando o diagnóstico diga que ela está em “estado vegetativo permanente”. Uma pessoa nessas condições merece os mesmos cuidados que as outras. O Papa enumerou os seguintes princípios, que asseguram a dignidade da pessoa nesse estado:
“O doente em estado vegetativo, na expectativa de recuperação ou do fim natural, tem direito a uma assistência hospitalar básica (alimentação, hidratação, higiene, aquecimento, etc.), e à prevenção das complicações relacionadas com o fato de estar de cama. Ele tem direito também a uma específica intervenção de reabilitação e à monitoração dos sinais clínicos de eventual recuperação.4
Um ponto chave é o primeiro princípio: a pessoa doente tem direito aos cuidados básicos de saúde, que inclui a alimentação e a hidratação. Alimentar uma pessoa doente não é medicá-la. Quando sentimos fome, não vamos a um restaurante comprar “remédios”. O princípio – que tem uma longa tradição nos ensinamentos éticos da Igreja sobre os cuidados médicos – foi enunciado com clareza pelo Papa Pio XII em 1957 e pela Declaração sobre a Eutanásia feita em 1980 pela Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé. O Papa João Paulo II afirmou:
“Em particular, gostaria de realçar como a administração de água e alimentos, mesmo quando é feita por vias artificiais, representa sempre um meio natural de conservação da vida, não um ato médico. Por conseguinte, o seu uso deve ser considerado, em linha de princípio, ordinário e proporcionado, e como tal moralmente obrigatório, na medida em que, e até quando, ele demonstra alcançar a sua finalidade própria, que, neste caso, consiste em fornecer ao doente alimento e alívio aos sofrimentos.5
Negar água e comida a uma pessoa é sentenciá-la a uma morte lenta e penosa, ou seja: é praticar uma forma de eutanásia. É interessante lembrar que no estado americano da Flórida (onde Terri morreu) é crime matar animais por inanição. Lembremos que a definição de eutanásia é: “uma ação ou uma omissão que por sua natureza ou intenção, causa a morte com o fim de eliminar toda dor”6. Em outras palavras, a eutanásia implica ter a intenção de fazer com que a vida termine, e empregar para isso uma ação direta, como uma injeção letal, ou uma omissão, como a de não alimentar ou não dar de beber. Como ensinou João Paulo II:
(...) a eutanásia é uma violação grave da Lei de Deus, enquanto morte deliberada moralmente inaceitável de uma pessoa humana.7
Em vez disso, a compaixão deve levar a ações positivas:
a verdadeira “compaixão”, de fato, torna solidário com a dor alheia, não suprime aquele de quem não se pode suportar o sofrimento.8
Nesses casos a compaixão tem duas faces: em primeiro lugar, como afirmou o Papa João Paulo II, as famílias que têm entes queridos nessas condições precisam elas mesmas de apoio, que consistirá em ajudá-las a cuidar do doente, em auxiliá-las financeiramente, em facilitar-lhes o acesso aos programas de reabilitação, e em dar-lhes consolo e orientação espiritual. Em segundo lugar, a compaixão exige prestar ajuda a esses membros mais vulneráveis de nossa Sociedade e defender a sua dignidade.
Havia um senhor no Hospital Woodbine, em Alexandria (Virginia), que visitava diariamente a sua esposa, portadora do mal de Alzeimer. Ele dava-lhe de comer às colheradas, como uma criança pequena. Com certeza, era uma tarefa difícil, que consumia muito tempo e requeria uma boa dose de paciência. Mas para ele era um ato de amor.
No caso de Terri, entretanto, uma interpretação errônea da palavra “compaixão” acabou tendo um desfecho trágico. Os pais queriam mantê-la viva, e dispunham-se a assisti-la em tudo; o marido e responsável legal, Michael Schiavo, que vive hoje com outra mulher e os dois filhos que ela lhe deu, pedia o fim da alimentação. Michael alegava que Terri manifestara o desejo de não receber tratamento caso chegasse a ficar gravemente incapacitada, como de fato aconteceu. Apesar de não dispor de nenhum documento ou registro desse suposto desejo, Michael desde 1991 proibiu os médicos de empreenderem qualquer tratamento curativo, embora alguns profissionais afirmassem que Terri poderia ter sido parcialmente reabilitada, se o tratamento tivesse sido aplicado. Além disso, Michael Schiavo gastou com advogados boa parte do milhão de dólares recebido do Governo norte-americano para o tratamento da esposa; estima-se que sobraram cerca de apenas cinqüenta mil dólares, que foram para ele após a morte da esposa.
Terri não sofria o risco de uma morte iminente e o seu estado sequer lhe causava dor. Se os seus pais tivessem ganhado a causa, e a sua alimentação conseqüentemente não tivesse sido interrompida, provavelmente ela ainda estaria vivendo da mesma maneira em que o vinha fazendo havia 15 anos. Era uma maneira que incomodava mais os outros, que sentiam “compaixão” por ela não poder ser “útil” ou “desfrutar a vida”, do que ela própria. A verdadeira compaixão é cuidar, não matar. João Paulo II assim concluía o discurso no Congresso já citado:
(...) exorto-vos, como pessoas de ciência, responsáveis pela dignidade da profissão médica, a conservar ciosamente o princípio segundo o qual a verdadeira tarefa de medicina é “curar se for possível, cuidar sempre9.

NOTAS
1. Raymond Dennehy, Anti-Abortionist at Large, (Trafford Publishing, Victoria BC, 2002) pág. 146.
2. O Congresso Internacional foi promovido pela Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos e pela Academia Pontifícia para a Vida. Os trabalhos foram publicados por G. Gigli e N.D. Zasler no livro Life-Sustaining Treatments in Vegetative State: Scientific AdvancesEthical Dilemmas, IOS Press, Amsterdã, 2005.
O discurso completo (que doravante citaremos como Discurso...), na sua versão em português, está disponível no seguinte endereço eletrônico: http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/speeches/2004/march/documents/hf_jp ii_spe_20040320_congress fiamc_po.html.
3. Discurso..., nº 3
4. Discurso..., nº 4
5. Discurso..., nº 4
6. Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, Declaração Iura et Bona sobre a Eutanásia, 5/5/1980.
7. Encíclica Evangeluim Vitae, nº 65
8. Encíclica Evangeluim Vitae, nº 66
9. Discurso..., nº 7

Tradução: Quadrante

http://www.quadrante.com.br/artigos_detalhes.asp?id=63&cat=12

sábado, 15 de agosto de 2015

Escândalos e valores




Dois escândalos sacudiram a internet nestes últimos dias. O primeiro deles foi a descoberta de que a mentalidade capitalista havia estendido aos bebês o aproveitamento total que já dispensava aos bois, de que, diz-se, só não se aproveita o suspiro. A Planned Parenthood, multinacional americana do aborto (aqui conhecida como Benfam), descobriu-se, vende pedaços e peças sortidas dos bebês que mata. É possível encomendar, por exemplo, fígados, articulações, rins, o que se quiser. Foram três vídeos filmados em segredo, em que diretores da indústria da morte foram flagrados falando abertamente sobre como aprimoraram suas técnicas de coleta de partes de bebês. Uma amiga, fortemente pró-aborto, ao ver isso, comentou que parecia algo vindo de um filme de terror. A outra notícia escandalosa, contudo, deixou no chinelo o filme de terror. Ao contrário da primeira notícia, que valeu até mesmo editoriais de jornais supostamente sérios condenando... quem filma em segredo (!) e procurando livrar a Planned Parenthood de sua evidente responsabilidade, a outra notícia teve reação unânime. O presidente dos Estados Unidos não se manifestou (como o fez em favor da Planned Parenthood, aliás), creio eu, mas gente que se manteve completamente calada no primeiro escândalo pediu até a pena de morte para o culpado do segundo. Não sem antes, claro, dizer que é normalmente contra a pena capital. Há uma deformação gravíssima na forma de pensar da sociedade em que vivemos.
Este escândalo espantoso foi a morte de um leão de pelame pouco usual, atraído por caçadores para fora da reserva natural onde vivia, no Zimbábue. Um dentista americano pagou US$55 mil pelo “privilégio” de matar o bicho. Ainda que o trauma que todos normalmente temos de dentistas já nos predisponha a condenar fortemente o moço, convenhamos, há uma diferença substancial entre gastar uma pequena fortuna para matar um animal inocente e ganhar uma imensa fortuna matando bebês ainda mais inocentes e vendendo os pedaços para quem der mais. A diferença entre as reações tíbias dos bem-pensantes ao primeiro escândalo e a veemência com que se manifestaram acerca do segundo fez aparecer, nua e crua, uma deformação gravíssima da forma de pensar da sociedade em que vivemos. Seu altíssimo grau de decadência fez com que ressurgissem algumas das piores características do paganismo, como o desprezo pelo valor da vida humana – valor esse que a Igreja, ao longo dos últimos 2 mil anos, conseguiu incutir como elemento essencial da civilização. Quando algo tão essencial se perde – e vemos isso não apenas no aborto e na eutanásia, como no horrendo aproveitamento comercial de restos mortais –, a sociedade só tende ao caos e à dissolução de todo valor humanístico. Em breve veremos a volta da escravidão, se é que ela já não está presente algures.

Por Carlos Ramalhete.


P.S.: recebemos por email esta notícia. É bom ter 
        conhecimento daquilo acontece no comércio do 
       aborto, esse crime hediondo, como já  postamos
        em outro artigo.


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Bebês abortados são usados para fazer cosméticos e até... alimentos!


Não é bem para “salvar vidas” que a “ciência” anda usando os bebês abortados...

Patti Maguire Armstrong














Iª Parte
Recentemente, cinco vídeos pavorosos flagraram diretoras da organização abortista norte-americana Planned Parenthood negociando a venda de órgãos e tecidos de bebês abortados (veja aqui). Ainda houve quem tentasse defender a organização afirmando que essa prática contribui para “pesquisas científicas que salvam vidas”.
Como se já não fosse questionável a experimentação científica feita com vítimas de assassinato, é o caso de questionarmos também se essas tais “pesquisas científicas que salvam vidas” realmente existem. Afinal, bebês abortados e comercializados foram usados em testes de empresas de cosméticos para desenvolver cremes antienvelhecimento e de empresas de alimentos para intensificar sabores”.

Realçando sabores com... bebês abortados

Três anos atrás, a fundação pró-vida Children of God for Life denunciou que a empresa Senomyx desenvolve produtos para intensificar o sabor de alimentos a partir de tecidos fetais. O site da própria Senomyx afirma que a empresa descobriu “inovadores ingredientes que potencializam as sensações do gosto” e que seus produtos são “um caminho mais saudável para o sabor”.
O que a Senomyx não menciona é que “eles usaram células embrionárias humanas dos rins (HEK 293) de um bebê abortado em seus testes de produtos”, explica Debi Vinnedge, da Children of God for Life. O nome HEK 293 (de “Human Embrionic Kidney”) significa que houve 293 experimentos até que a empresa conseguisse o resultado pretendido. Vinnedge reconhece que a Senomyx utiliza partes de bebês abortados em pesquisa e desenvolvimento, mas não no produto final. Ainda assim, a prática é moralmente questionável. Quando começou a investigar a Senomyx, Vinnedge descobriu que a empresa tinha 77 patentes que incluíam células de bebês abortados. “Eles listaram todos os outros tipos de células que poderiam usar, mas escolheram usar as células fetais”. A Children of God for Life contatou a Senomyx e pediu que a empresa parasse de usar células de fetos abortados. Diante da recusa, Debi Vinnedge organizou um boicote para que os consumidores deixassem de comprar itens alimentícios de quaisquer fabricantes que empregavam produtos da Senomyx, entre as quais havia gigantes como a Campbell e a Kraft. Todas as empresas alvo do boicote encerraram seus contratos com a Senomyx.

Fonte: http://www.aleteia.org/pt/sociedade/artigo/bebes-abortados-sao-usados-para-fazer-cosmeticos-e-ate-alimentos-5773370255736832?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt-12/08/2015

quarta-feira, 24 de junho de 2015

CARTA ABERTA aos Legisladores Federais, Estaduais e Municipais



Excelentíssimos Senhores Legisladores das Egrégias Casas Legislativas: Federal (Senado e Câmara), Estaduais e Municipais, da República Federativa do Brasil.
Por dever de consciência e cidadania, devo me manifestar. Considerando o bem da comunidade humana e meu minúsculo papel como comunicador e formador de opinião, resolvi fazê-lo através desta Carta Aberta.
Antes do consenso, o bom senso. Antes de ser padre, fui batizado cristão e educado no Temor a Deus. Mas, antes mesmo de ser batizado cristão, nasci de forma natural, como qualquer homem ou mulher de qualquer cor, credo, raça, idioma e nação. Portanto, antes de ser cristão, sou cidadão! Cidadão com direitos e deveres civis para contribuir no processo democrático, quer como eleitor, quer como formador de opinião pelo trabalho que exerço de modo público, no púlpito ou nos meios de comunicação.
Valho-me desta Carta Aberta para reclamar dos agentes políticos o dever de representatividade com BOM SENSO. Onde está o bom senso da IDEOLOGIA de GÊNERO? Insisto: digo-o como pessoa humana, como cidadão, NÃO COMO CRISTÃO.
Acaso cada um dos (as) senhores (as) legisladores (as), independente do SEXO e independente da “opção sexual”, não nasceu como todas as pessoas nascem? Fruto do relacionamento sexual entre um homem e uma mulher? Poderia alguém ter sido concebido fora desse ESQUEMA IMUTÁVEL da natureza?
Permitam-me ecoar o óbvio, para que o julgamento de valores não seja ridicularizado.
Quando a matemática junta DOIS IGUAIS, 1 com 1, forma sempre dois, invariavelmente. Não acontece um TERCEIRO jamais. Esse é o pragmatismo da lógica, que, querendo ou não, regula a natureza.
Quando a natureza junta DOIS DIFERENTES, homem e mulher, macho e fêmea, forma, variavelmente, um terceiro (ou dois terceiros ou três terceiros ou quatro terceiros e assim por diante, até o limite da gestação).
E outro modo, CIENTIFICAMENTE falando, não há de fazer acontecer esses terceiros sem a obrigatória união de 2 diferentes entre si.
E isto não é credo religioso, não! É regra da natureza. Mais que uma regra estável e permanente, é uma regra imutável, gostem ou não os indivíduos que permanecem livres para viver ou não segundo tal regra. É assim desde sempre e será assim para sempre. Independente de progresso científico e tecnológico e independente das regras institucionais e legais (morais ou não), nada será alterado nesta regra perpétua da NATUREZA (onde está o senso ecológico e naturalista nesta hora???).
Perdoem-me os legisladores a incômoda franqueza que devolve a eles a insignificância da regra civil diante da regra natural e, ao mesmo tempo, impõe-lhes a nobilíssima importância de legislar para o bem comum da maioria (ou não é este o princípio da democracia?), e não das particularidades de grupos minoritários (não seria este o princípio de qualquer modelo totalitário?).
Logo, fato é: a regra mutável de uma lei civil, ainda que global, jamais terá poder de mudar a regra imutável de uma lei natural tão inflexível quanto a condição de existência do ser humano: um ser humano só passa a existir se outros dois seres humanos diferentes entre si sexualmente, fornecerem seus gametas (um masculino e outro feminino).
Portanto, vale frisar para ‘acordar’ o BOM SENSO da apatia moral idealizada pelo esforço de consenso da IDEOLOGIA de GÊNERO: para que exista um terceiro (uma nova vida, cujos direitos constitucionais já estão pré garantidos pela Carta Magna) é condição sine qua non (sem a qual não existe) que haja um GAMETA MASCULINO e um GAMETA FEMININO.
Como aprovar uma IDEOLOGIA de GÊNERO, que imporá uma quase indução ideológica às crianças que sequer tem desenvolvimento físico, mental e emocional para bem compreender aqueles desejos que elas não estão, pela estrutura da natureza, habilitadas para usar ou que sequer foram ainda exatamente despertados nelas?
Isto é uma violência sem precedentes contra a natureza em desenvolvimento da criança, precoce ainda para as funções sexuais. Tanto é verdade isto que os pequenos organismos das crianças, sequer estão capacitados para gerar e desenvolver a primeira fase de uma vida humana, que segue sendo fruto de uma relação sexual natural entre um indivíduo masculino e um indivíduo feminino. Ou é mentira o que eu digo?
E, mais uma vez, não se trata aqui de preceito religioso. É puro BOM SENSO pautado nos fatos que regem a vida de todos os adultos, os quais também um dia já foram crianças.
E é importante que saibam os legisladores, dos mais cultos aos mais humildes: a IDEOLOGIA de GÊNERO, camuflada sob o falso argumento de preservar da discriminação as variadas opções sexuais dos indivíduos, é sim, uma ideologia que, uma vez introduzida no sistema educacional, destruirá o direito natural de uma criança descobrir-se a si mesma – como a natureza a fez – no tempo oportuno da maturidade atingida. Ou mesmo para optar de modo contrário à regra natural, se assim o desejar, quando tiver condições físicas, mentais e espirituais de decidir isso por si mesma, na fase adulta. Jamais, entretanto, isso lhes seja violentamente imposto por um consenso social sem bom senso, visto que, enquanto crianças, elas permanecem reféns dos limites patentes de seu processo de desenvolvimento.
Pergunto-me: onde está o BOM SENSO – que quer formar consenso – mas, que não é capaz de enxergar algo tão primariamente óbvio?
Antecipo-me aos eventuais contra-argumentos desonestos que costumam surgir para confundir o raciocínio lógico: essa missiva NÃO é um protesto discriminatório ou homofóbico. Sequer me valho de argumento pautado na crença religiosa.
E, a despeito de minha condição como religioso convicto por votos professos como padre e monge, como estou falando a partir do meu lugar de cidadania, eu reafirmo: não parto da minha crença, mas da pura e simples lógica racional. A natureza nos precede, nos constitui e nos impõe um dever de escutá-la.
E deste lugar comum ao BOM SENSO indicado pelo inequívoco da natureza, comum a todos nós, brasileiros, que me permito dizer: que cada adulto use suas genitálias como julgar e escolher, isto não me diz respeito. Não é da minha conta. Nem da conta dos cidadãos comuns. Embora não seja também meu conselho.
Mas outra coisa bem diferente é, com o patrocínio dos nossos representantes democraticamente eleitos, que aqueles que fazem escolhas sexuais distintas de suas condições genéticas e biológicas, venham impor tal comportamento aos nossos filhos. Inclusive aos filhos dos legisladores. Se há quem deseja fazer como queira com sua identidade sexual, criando gêneros alternativos, ou que queiram viver de modo independente sua sexualidade, que o façam como bem o entenderem, mas, entre quatro paredes privadas, longe dos olhos de quem não quer saber da intimidade alheia. Repito: eu não daria tal conselho. Mas não se publique a permissividade adulta diante dos olhos ainda cândidos de nossas pequeninas crianças.
Que não sejam as quatro paredes das salas de aula no ensino fundamental, sobretudo, o lugar usado para propaganda ideológica de uma escolha restrita e individual, não coletiva. Afinal, é disto que se trata a tal IDEOLOGIA DO GÊNERO: uma propaganda ideológica, não um serviço educacional. Não é responsável nem sadio incitar as crianças a uma opção precoce que é muito mais ideológica do que psicológica, fisiológica ou espiritual.
Vou terminar fazendo dois apelos.
O primeiro apelo à consciência dos legisladores que creem em Deus e têm Temor ao Altíssimo:
·         Senhores Legisladores - não submetam seus filhos e filhas e os filhos e filhas da sua cidade, do seu estado e do seu país, a essa ditadura da IDEOLOGIA DO GÊNERO, que imporá à mente ainda frágil das crianças um princípio contrário à moral de sua crença e ao seu Temor pessoal a Deus.
O segundo apelo à consciência dos legisladores que NÃO creem em Deus ou que preferem não afirmá-lo, para respeitar a regra democrática do estado republicano, laico:
·         Senhores Legisladores - não submetam seus filhos e filhas e os filhos e filhas da sua cidade, do seu estado e do seu país, a essa ditadura da IDEOLOGIA DO GÊNERO, que imporá à mente frágil das crianças uma opção precoce que violenta o direito natural delas de, por primeiro, amadurecerem progressivamente o desenvolvimento físico, psicológico e espiritual, para, quando adultas, escolherem se seguirão suas vidas sexuais concordando com a potência da regra genética que as criou (necessariamente resultante da união de dois sexos diferentes) ou se optarão caminhos diferentes por aquele livre arbítrio que cada qual tem o direito de gozar quando adulto, sem a tutela da família, do estado ou da religião, quando assim se deseja (e que se respeite também o desejo livre dos cidadãos que queiram ser tutelados pela família, respeitando o estado e suas crenças religiosas e filosóficas, se assim o desejam).
Por fim, seja devido às razões da força peremptória da natureza com suas regras imutáveis ou devido à razão de respeito e temor à autoria do Divino Criador, todos os legisladores devem ter diante de si ao menos um desses critérios do juízo universal da própria sociedade, que é implacável quando percebe que fora enganada. E jamais se esqueçam de que, além do mais, terão de prestar contas aos eleitores e à história por seus atos públicos.
Frei Flávius
Antes de ser cristão, cidadão!
Por ser cidadão, com direito constitucional de ser cristão!

23 de Junho de 2015