*Colaboração Pe. Frei Flávio Henrique, pmPN
Quanto mais se
aproxima o fim dos tempos, duas coisas aumentam em quantidade e intensidade: o “mistério
da iniquidade” na terra e o trabalho dos Anjos de Deus nos Céus.
Porque dizemos
isto? Basta olhar um pouco ao redor do mundo para vermos a estranha insistência
das organizações privadas e públicas para implantação de leis abortivas, por
exemplo. De onde vem essa estranha e implacável insistência? Porque interessa
tanto aos poderosos do mundo eliminar a vida dos bebezinhos que estão a caminho
de nascer? Por que o homem moderno, que goza de tantas facilidades e recursos
tecnológicos para promover a vida, deseja tanto usar os conhecimentos
científicos para ceifar vidas inocentes, manipulando-as como se fossem meros
pedaços de carne sem alma?
Ou o egoísmo humano desceu ao poço mais fundo da insensibilidade, numa
quase patologia coletiva, ou as ordas infernais arquejam sua investida
derradeira na história, na aurora do fim dos tempos...
Muito apocalíptico este discurso?
Mas como interpretar a índole que move o pró-abortismo global, e que se vale do silêncio covarde daqueles que, apesar de não serem a favor, não se
manifestam contra?
E quem foi que falou que a verdade não é dura de se dizer?
De mais a mais, este jogo cultural estranho entre a crueldade abortista e a omissão daqueles que se julgam justos, está muito mais próximo do diabólico “mistério da impiedade”, do que esta minha visão possa estar de uma análise apocalíptica do mundo atual.
E quem foi que falou que a verdade não é dura de se dizer?
De mais a mais, este jogo cultural estranho entre a crueldade abortista e a omissão daqueles que se julgam justos, está muito mais próximo do diabólico “mistério da impiedade”, do que esta minha visão possa estar de uma análise apocalíptica do mundo atual.
Fato é que, se de um lado aumenta em quantidade e intensidade essa
orquestra de ruindades entre homens e anjos maus e pessoas omissas, por outro,
aumenta o trabalho dos homens e anjos verdadeiramente bons e justos. Pois, para
estes últimos, a lógica de Cristo ainda soa clara: “Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois
eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que
está nos céus.” (Mt 18, 10)
Imaginemos esta cena no Céu: os anjos dos
pequeninos que veem sem cessar a face do Criador, nos Céus. Enquanto todas as hierarquias celestes dependem de circunstâncias
específicas para estarem na presença de Deus, os Anjos da Guarda dos pequeninos
tem livre acesso, “veem sem cessar a face” do “Pai que está nos céus”.
Nem todos veem sem cessar a face do Pai nos céus. As hierarquias
celestes a veem na medida exata do cumprimento de suas missões. Assim também as
pessoas humanas chegam à visão beatífica (visão de Deus), na medida em que
abdicam de suas vontades meramente humanas e egoístas para pleno cumprimento da
Vontade do Pai “assim na terra como nos céus”. Não é assim que o Cordeiro de
Deus nos ensinou a rezar?
Enfim, o que isto significa na prática? Significa que os anjos dos pequeninos,
diferentemente de todos os demais, tem acesso livre junto ao Divino Criador.
Simples assim. E isto não é de pouca monta. Isto põe em relevo um princípio
cósmico de justiça, que vale tanto para o mundo natural quanto para o mundo
sobrenatural: o mais forte (no caso da cena bíblica, Deus), deve defender o mais
fraco (na mesma cena bíblica, os pequeninos).
E quem são os mais pequeninos entre os homens? Não são aqueles
bebezinhos indefesos totalmente dependentes do ventre de suas mães?
Voltando ao ponto anterior, o de que nunca antes na história da humanidade as
sociedades organizadas fizeram campanhas e leis tão ferrenhas pró aborto, é de
se imaginar o trabalho intenso dos anjos da guarda junto da Glória de Deus, em favor dos bebezinhos a caminho de
nascer .
Sinceramente? Essa gente não sabe o que isto significa e tampouco com o que está mexendo...
Sinceramente? Essa gente não sabe o que isto significa e tampouco com o que está mexendo...
A Misericórdia de Deus é infinita, mas, não anula Sua Justiça Perfeita!
A continuar esse sacrifício humano indiscriminado no útero materno, dias
maus sobrevoam o horizonte próximo da humanidade inteira. E depois essa gente composta
pelos covardes e omissos serão os primeiros a indagar: ‘porque Deus não faz
nada contra o mal que nos atinge’???
Ora, tais momentos são justamente aqueles em que Deus está fazendo algo
para barrar a injustiça: que é executada pelos covardes e consentida pelos
omissos. E o egoísmo de uns e de outros os impedem de enxergar a Justiça Divina,
clamando misericórdia para si quando não tiveram para com os mais inocentes... Isso
é triste, triste, triste!
Sempre me cobram que eu deveria escrever de maneira mais simples e direta,
para compreensão das pessoas em geral, reclamando que minha linguagem é muito
densa, obtusa e de difícil acesso. Agora fica explicado por que em geral escrevo
de forma mais complexa: puro esforço para contornar a dureza implacável da
verdade, sem deixar de dizê-la.
Mas, se tenho de aprender a simplificar minha linguagem escrita para
torná-la mais acessível a todos, então, melhor se prepararem para a força lancinante
da verdade sem rodeios.
A verdade é sempre uma espada cortante. Antes, eu preferia manejá-la na
ponta dos dedos que ferem o teclado - diante de tamanha indignação - como um mero
esgrimista. O esgrimista apenas maneja a lâmina sem corte para apresentar o
conhecimento da técnica de combate sem ferir o oponente.
Todavia, o clamor da Justiça Divina está sendo realizado nos céus, na
presença do Altíssimo, por um número incontável de Anjos da Guarda. Eles
reclamam a injustiça da morte prematura contra os bebezinhos a caminho de
nascer. Imploram pela Justiça Divina.
E essa peleja entre o bem e o mal empurra a história para um momento único: em breve, certo e errado não poderão coexistir. Afinal, Aquele que julga o mundo bem que avisou: “Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus.” (Mt 18, 10)
E essa peleja entre o bem e o mal empurra a história para um momento único: em breve, certo e errado não poderão coexistir. Afinal, Aquele que julga o mundo bem que avisou: “Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus.” (Mt 18, 10)
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