sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Os Anjos da Guarda imploram pela Justiça Divina...


*Colaboração Pe. Frei Flávio Henrique, pmPN
Quanto mais se aproxima o fim dos tempos, duas coisas aumentam em quantidade e intensidade: o “mistério da iniquidade” na terra e o trabalho dos Anjos de Deus nos Céus.
Porque dizemos isto? Basta olhar um pouco ao redor do mundo para vermos a estranha insistência das organizações privadas e públicas para implantação de leis abortivas, por exemplo. De onde vem essa estranha e implacável insistência? Porque interessa tanto aos poderosos do mundo eliminar a vida dos bebezinhos que estão a caminho de nascer? Por que o homem moderno, que goza de tantas facilidades e recursos tecnológicos para promover a vida, deseja tanto usar os conhecimentos científicos para ceifar vidas inocentes, manipulando-as como se fossem meros pedaços de carne sem alma?
Ou o egoísmo humano desceu ao poço mais fundo da insensibilidade, numa quase patologia coletiva, ou as ordas infernais arquejam sua investida derradeira na história, na aurora do fim dos tempos...
Muito apocalíptico este discurso?
Mas como interpretar a índole que move o pró-abortismo global, e que se vale do silêncio covarde daqueles que, apesar de não serem a favor, não se manifestam contra? 

E quem foi que falou que a verdade não é dura de se dizer? 

De mais a mais, este jogo cultural estranho entre a crueldade abortista e a omissão daqueles que se julgam justos, está muito mais próximo do diabólico “mistério da impiedade”, do que esta minha visão possa estar de uma análise apocalíptica do mundo atual.
Fato é que, se de um lado aumenta em quantidade e intensidade essa orquestra de ruindades entre homens e anjos maus e pessoas omissas, por outro, aumenta o trabalho dos homens e anjos verdadeiramente bons e justos. Pois, para estes últimos, a lógica de Cristo ainda soa clara: Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus.” (Mt 18, 10)
Imaginemos esta cena no Céu: os anjos dos pequeninos que veem sem cessar a face do Criador, nos Céus. Enquanto todas as hierarquias celestes dependem de circunstâncias específicas para estarem na presença de Deus, os Anjos da Guarda dos pequeninos tem livre acesso, “veem sem cessar a face” do “Pai que está nos céus”.
Nem todos veem sem cessar a face do Pai nos céus. As hierarquias celestes a veem na medida exata do cumprimento de suas missões. Assim também as pessoas humanas chegam à visão beatífica (visão de Deus), na medida em que abdicam de suas vontades meramente humanas e egoístas para pleno cumprimento da Vontade do Pai “assim na terra como nos céus”. Não é assim que o Cordeiro de Deus nos ensinou a rezar?
Enfim, o que isto significa na prática? Significa que os anjos dos pequeninos, diferentemente de todos os demais, tem acesso livre junto ao Divino Criador. Simples assim. E isto não é de pouca monta. Isto põe em relevo um princípio cósmico de justiça, que vale tanto para o mundo natural quanto para o mundo sobrenatural: o mais forte (no caso da cena bíblica, Deus), deve defender o mais fraco (na mesma cena bíblica, os pequeninos).
E quem são os mais pequeninos entre os homens? Não são aqueles bebezinhos indefesos totalmente dependentes do ventre de suas mães?
Voltando ao ponto anterior, o de que nunca antes na história da humanidade as sociedades organizadas fizeram campanhas e leis tão ferrenhas pró aborto, é de se imaginar o trabalho intenso dos anjos da guarda junto da Glória de Deus, em favor dos bebezinhos a caminho de nascer . 

Sinceramente? Essa gente não sabe o que isto significa e tampouco com o que está mexendo...
A Misericórdia de Deus é infinita, mas, não anula Sua Justiça Perfeita!
A continuar esse sacrifício humano indiscriminado no útero materno, dias maus sobrevoam o horizonte próximo da humanidade inteira. E depois essa gente composta pelos covardes e omissos serão os primeiros a indagar: ‘porque Deus não faz nada contra o mal que nos atinge’???
Ora, tais momentos são justamente aqueles em que Deus está fazendo algo para barrar a injustiça: que é executada pelos covardes e consentida pelos omissos. E o egoísmo de uns e de outros os impedem de enxergar a Justiça Divina, clamando misericórdia para si quando não tiveram para com os mais inocentes... Isso é triste, triste, triste!
Sempre me cobram que eu deveria escrever de maneira mais simples e direta, para compreensão das pessoas em geral, reclamando que minha linguagem é muito densa, obtusa e de difícil acesso. Agora fica explicado por que em geral escrevo de forma mais complexa: puro esforço para contornar a dureza implacável da verdade, sem deixar de dizê-la.
Mas, se tenho de aprender a simplificar minha linguagem escrita para torná-la mais acessível a todos, então, melhor se prepararem para a força lancinante da verdade sem rodeios.
A verdade é sempre uma espada cortante. Antes, eu preferia manejá-la na ponta dos dedos que ferem o teclado - diante de tamanha indignação - como um mero esgrimista. O esgrimista apenas maneja a lâmina sem corte para apresentar o conhecimento da técnica de combate sem ferir o oponente.
Todavia, o clamor da Justiça Divina está sendo realizado nos céus, na presença do Altíssimo, por um número incontável de Anjos da Guarda. Eles reclamam a injustiça da morte prematura contra os bebezinhos a caminho de nascer. Imploram pela Justiça Divina. 

E essa peleja entre o bem e o mal empurra a história para um momento único: em breve, certo e errado não poderão coexistir. Afinal, Aquele que julga o mundo bem que avisou: Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus.” (Mt 18, 10)

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