sábado, 26 de julho de 2014

A máquina mortífera do egoísmo coletivo...

*Colaboração Pe. Frei Flávio Henrique, pmPN
A primeira coisa que gostaria de registrar neste post é minha honesta e honrosa deferência a todos os Pró-Vidas que, há anos, atuam incansavelmente na luta pela vida, a fim de garantir os direitos da existência humana desde a concepção até a morte natural.
A máquina mortífera da cultura atual é patrocinada pelo egoísmo coletivo, que é resultante da soma de indivíduos egocêntricos, os quais idolatram o ‘próprio umbigo’, esquecendo-se que, um dia, eles também estiveram conectados nos ventres de suas mamães.
Ainda que essa máquina mortífera seja praticamente imbatível – pois onde o egoísmo impera, reina toda espécie de destruição alheia – seguem os pró-vidas, Brasil e mundo a fora, na árdua peleja pela vida.
Pelejam contra a truculência opulenta do alinhamento perverso dos estados com interesses internacionais públicos e privados, obstinados promotores da morte alheia através das práticas do tenebroso submundo do aborto, da eutanásia, da eugenia disfarçada através da manipulação genética, enfim, de todos esses mecanismos da maquina mortífera que são geradores da morte de muitos, em benefício do interesse escuso de poucos.
Eu parabenizo a todos os ativistas e apoiadores do ativismo pró-vida, porque eles têm força e estômago para atuarem na linha de frente dessa desleal e cruel batalha contra a vida humana, especialmente em favor das mais indefesas.
Eu os parabenizo porque eles são capazes de estampar sem meios termos a crueldade desses mecanismos de morte, com todas as letras e cores do horror, sem maquiar essas abominações inumanas, para o escândalo dos operadores dessa máquina mortífera.
Eu os parabenizo por se indisporem consigo mesmos, com a sociedade organizada e com todo mistério de iniquidade que age no mundo presente, para não camuflar a pavorosa realidade – nua e crua – dos mecanismos de morte cruel e covarde dessa máquina mortífera da indústria ideológica do egoísmo social.
Por tudo isto e por todo o resto protagonizado pelos pró-vidas, que militam na dianteira histórica entre o bem comum e o mal institucional, eu os parabenizo e apoio.
Sou-lhes solidário e admirador profundo. A todos eles, meus sinceros PARABÉNS.
Podem contar com minha permanente intercessão sacerdotal e monástica junto a Deus pelo tremendo e exaustivo laboro. Podem contar também com meu incentivo e minha insignificante colaboração na promoção da dignidade da vida humana, em todas as suas fases, desde a concepção, até a morte natural, contra a política truculenta e hedionda dos operadores públicos e privados da máquina mortífera da cultura de morte.
Se “tiro meu chapéu” com franca reverência a todos os bravos defensores da vida na perspectiva do ativismo pró-vida e seus movimentos locais, regionais, estaduais, nacionais e internacionais, no enfrentamento direto, positivo e frontal a essa máquina mortífera, reconhecendo que é necessário que isto se dê, por um lado; por outro, sou obrigado a admitir que na grande estratégia do bem universal, essa é uma tática indispensável, sim, mas, não única.
Dessa tática de confronto direto e contra-agressivo (pois, agressivas são as políticas pró-morte do aborto, eutanásia, eugenia da indústria genética, etc), tomada a peito existencial pelos ativistas pró-vida, não se pode abrir mão absolutamente, é verdade. Mas, só com ela não se poderá garantir todas as batalhas, logo, permaneceremos longe de pleitear vencer a batalha final nessa guerra da estupidez humana. E isso, para nós da Equipe QUERO VIVER SIM, é uma opinião elaborada e calcada nos fatos.
Não duvidamos: sem o ativismo pró-vida e sua pujança contra-agressiva, como modelo tático que exponha a nudez da injustiça dos pró-morte, é impossível enfrentar o mal insano e cruel dessa maquina mortífera.
Mas, apenas com o ativismo pró-vida e o seu vigor contundente, que mesmo sendo apenas contra-agressivo, acaba agredindo a incapacidade sensível da maioria absoluta da grande massa, não se poderá vencer com segurança as batalhas e, impossível, vencer a guerra.
Digo isto porque essa maioria absoluta não só abomina as políticas anti-vida e pró-morte, mas, não sabem responder aos apelos necessários da “contra-agressividade” das denúncias sem máscaras do ativismo pró-vida.
Se, de uma parte, não se pode dispensar a viceralidade existencial do ativismo dos pró-vidas, que precisam agir assim para fortalecer as fileiras dos que têm preparo interior para aderir a este necessário espírito tático; de outra, não se pode dispensar também a tática da manutenção da sensibilidade frágil das multidões que não concordam absolutamente com o funcionamento social dessa máquina mortífera, mas, que não se sentem capazes de responder aos apelos diretos do ativismo pró-vida.
E é aqui que entra o Projeto QUERO VIVER SIM e é preciso que se diga em alto e bom tom: o Projeto QUERO VIVER SIM é aliado incondicional dos movimentos de promoção da vida humana e do ativismo pró-vida.
Não há oposição de princípio entre as causas. Há apenas diferença de enfoque tático e estratégico, para se garantir o objetivo comum.
O Projeto QUERO VIVER SIM – na causa comum pela vida – é, certamente, um projeto menos nobre, que aqueles empreendidos pelos admiráveis pró-vidas que pelejam arduamente nas linhas de frente.
É menos nobre no sentido de que, como tática, adota a estratégia de parecer “recuar” algumas investidas, para avançar em cooptar massas mais numerosas em prol do objetivo comum.
O altruísmo da linha de frente dos combatentes pró-vida, garante nesse cenário de guerra contra a máquina mortífera do egoísmo coletivo, o moral elevado da prática heroica de minorias que, com nobreza, acabam por estimular a diplomacia coletiva consensual que possa garantir, ao final, a paz da cultura da vida, contra a guerra promovida pela cultura da morte.
Na retaguarda da ação com objetivo comum em prol da luta contra a cultura da morte, o Projeto QUERO VIVER SIM usará, no apoio à linha de frente, uma tática alternativa. Esperamos surpreender os inimigos da cultura da vida alcançando um número cada vez maior de adeptos pela causa da vida, já que o desejo consensual de mais de 80% da população brasileira é contrário ao aborto.
Só é preciso uma linguagem que atinja o ponto de unidade do senso comum em relação ao consenso coletivo. Em unidade com os agentes do ativismo pró-vida, profetas honestos do mundo preto e branco, que não pode colorir a crueldade dolorosa dessa guerra desproporcional, o Projeto QUERO VIVER SIM usará cores para ilustrar a realidade sem chocar aqueles que não concordam com o aborto, mas, não conseguem suportar a franqueza cruel do que de fato ele é.
Colorir este cenário de guerra caótico, injusto e desproporcional, em que os poderes instituídos – públicos e privados – têm a seu favor a máquina mortífera do egoísmo coletivo, não é tarefa fácil.
Usar em meio ao caos as cores diplomáticas da alegria, incentivando continuamente que a linha de frente cumpra seu dever de consciência moral, ética e religiosa, exige grande esforço interior também, e não é confortável segurar o fôlego submerso nas águas impetuosas do egoísmo social. Mas, esta é a missão do Projeto QUERO VIVER SIM.
A todos os pró-vidas: o Projeto QUERO VIVER SIM presta sua homenagem justa e devida honraria.
De todos os pró-vidas: o Projeto QUERO VIVER SIM espera adesão para atingir aqueles que não poderão suportar a indispensável “contra-agressividade” na luta pelo bem para vencer o mal.
Com todos os pró-vida: o Projeto QUERO VIVER SIM almeja o objetivo comum em prol do bem comum, o qual, para acontecer, precisa desmontar desta demoníaca máquina mortífera do egoísmo coletivo.

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